terça-feira, 23 de agosto de 2011

Retorno a sala de aula, professora Irene





Hoje 22 de agosto retornei a rotina normal, depois de 10 dias na Holanda, à volta para sala de aula foi cheia de novidades. Estava com saudade dos meus alunos, afinal, foram eles os principais responsáveis pela minha viagem a Holanda, já que quase todas as atividades do projeto são deles.

Estou feliz pelo retorno e precisava compartilhar com as crianças do 1º ano da Escola Theresa os grandes momentos que vivi na Holanda.
O primeiro momento foi de abraços, contar e ouvir as novidades, todos fizeram desenhos para me receber, como de praxe pedi que fossem falando sobre o desenho e servi de escriba para registrar.

Quase todos, desenharam avião simbolizando a minha viagem, outros fizeram o Inho personagem da história do gibi dos 100 da imigração holandesa que lembra os moinhos da Holanda. Muitas flores, corações e eu.

No segundo momento dividi as crianças em grupo de 3 a 4 alunos, deixei visualizarem no notebook as fotografias da viagem, foi muito legal, as crianças fizeram uma viagem no tempo e disseram: “professora nos vamos poder ir lá também?” Outras queriam ver fotos do avião. Divertiram-se com fotos da feira de queijo, com a quantidade de canais de água, com as fotos dos momentos engraçados, muito legal, valeu à pena.

Enquanto um grupo ficava no notebook, os demais degustavam queijo com sabor holandês, fazíamos comentários sobre os queijos e os diversos sabores, picantes, condimentados, etc. As observações das crianças foram as mais variadas possíveis, algumas disseram: “os queijos do Brasil não tem pimenta”, outra aluna reitera: “minha avó faz queijo, mas é diferente dos queijos da Holanda, não tem pimenta”, e assim aconteceu uma sucessão de comentários.

A manhã valeu à pena, foi de novidades para as crianças e emoção para todos, pois pude proporcionar momentos diferentes a elas. Muito legal também, foi à cobrança sobre as aulinhas de holandês, a aluna Stephani disse: “professora o que aconteceu? A professora de holandês não veio mais dar aula! Estamos com saudade!” O Endrick e o Diego queriam saber o que mais aprendi em holandês na Holanda, prometi que as poucas palavras que consigo pronunciar vou ensinar a eles.

Desenho feito pela aluna Stephani





Intercambistas retornaram para casa

Na quarta-feira (17) o grupo do Intercâmbio Cultural retornou para casa, eles desembarcaram no aeroporto de Guarulhos (SP) e foram recepcionados por pais e parentes. O reencontro foi um momento de muita emoção. No caminho de volta para Carambeí, à garotada era uma mistura de alegria e cansaço pela longa viagem de retorno, o que não impediu que eles contassem as primeiras das muitas histórias sobre os doze dias que passaram na Holanda.




























sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Impressões - Professora Julieta Copas

"Visitamos a cidade de Amersfoort, cidade histórica e medieval, onde pela manhã fomos visitar uma torre de mais ou menos 100 metros de altura a qual sobrou da Igreja que pegou fogo após uma explosão. Também pudemos visitar o portão de entrada da cidade - tanto utilizado por terra quanto pela água – onde participamos erguendo o portão. Fomos acompanhados pelo nosso amigo Sjoerd, jornalista. Á tarde fomos visitar uma escola perto da casa da nossa amiga a professora Maria Solange. Tratava-se de uma escola dividida em três blocos, sendo eles: escola católica, protestante e openbar (comum a todos). Segundo a professora Solange e pelo que presenciamos, os quadros de giz são digitalizados, há uma rotatividade de alunos para a limpeza da escola e contam também com a ajuda voluntária dos pais e de funcionários para este serviço. O ensino é obrigatório a partir dos 04 anos, o professor trabalha 03 dias na semana, possui 04 férias anuais (nas 04 estações do ano - uma semana cada)".

Impressões - Professora Jaqueline Ferreira Gomes dos Santos


Construtores de sonhos

"Nosso país está em processo de aculturação. Sua história se estrutura na cultura de diversas etnias.

A oportunidade inesquecível de participar deste intercâmbio sócio cultural (Brasil Holanda) trouxe inúmeras experiências educativas que levaram a percepção e que a história está em movimento. Tudo é um ciclo. De alguma maneira estamos interligados e que a participação de todos com compromisso e responsabilidade é relevante para o desenvolvimento social.

Na Holanda a organização se tornou um componente estrutural decisivo direcionado para as necessidades coletivas. Mediante este contexto podemos constatar que este fator instiga a sua população a desenvolver hábitos saudáveis para o exercício da cidadania.

Brasil a união. País jovem, acolhedor e cheio projetos. Os quais se realizam como esta bela proposta de intercâmbio a qual pude presenciar. Desenvolvida pelos construtores de sonhos do município de Carambeí.

Conforme consideração acima é importante afirmar que nós educadores precisamos seguir o exemplo. Sermos construtores de sonhos. Não se trata de um romantismo ingênuo, mas é necessário sonhar! O sonho como projeto frente às reais necessidades. Estas, embasadas nos conflitos existentes. Não existem problemas, mais desafios a serem analisados que revelam visões de mundo fundamentadas  e articuladas com a história da humanidade.

Quando assim pensamos o sonhar significa realizar. Se sonharmos para o bem comum teremos grandes realizações sempre com muita responsabilidade social. Porque somos o que fazemos!"

Impressões - Professora Márcia Hornes


"Falar sobre o que foi melhor nesta viagem, será impossível".

"Escrever sobre o que vi, senti, percebi, aprendi também, pois foram muitas e a pessoa que ler, não vai ser capaz de dimensionar o valor que tudo isso teve para a minha vida.
Quero mudar algumas práticas em sala de aula, aperfeiçoar outras e principalmente quero aprender e pesquisar mais.
Daqui um tempo quero olhar para trás e dizer: 'Valeu à pena'.”

Impressões - Professora Irene de Oliveira Messias

Dez dias na Holanda

"Foram dez dias, todos de puro aprendizado, cultura, informação, conhecimento, novidades, expectativas, sonho, muito sonho, um dia melhor que o outro, quando pensávamos ter visto tudo, uma nova surpresa.

Os dias passaram-se rapidamente, todos ficavam eufóricos esperando pelo dia seguinte, sabíamos que novas informações, conhecimentos nos seriam acrescentados.

Eram muitas as indagações, tínhamos muitas perguntas, sobre: saúde, educação, trânsito, agricultura, industrialização, meio ambiente, moradia, administração, organização, trabalho, cultura, economia, desenvolvimento e outros.

A cada pergunta, uma resposta surpreendente, entretanto, melhor que as respostas era poder olhar, observar e conferir tudo de perto.

O fantástico do intercâmbio foi vivenciar, hoje, tudo que nos falarmos sobre a Holanda, ou a nossa realidade, temos nosso próprio ponto de vista, o que é muito importante.

Um país milenar, sim, mas que aprendeu e fez na raça, com guerra, sofrimento, experimento, etc. O intercâmbio proporcionou saber o que dá certo, agora mais que tudo precisamos ser insistentes para que melhorias aconteçam, na nossa prática, na educação brasileira, em Carambeí.

A maior alegria da viagem foi diagnosticar na prática, embora longe do Brasil, que minhas indagações estão certas, sempre acreditei que família, investimento, qualificação e valorização dos profissionais é importantíssimo no processo educacional, agora acredito e tenho certeza, pois é assim que funciona a educação na Holanda.

A família é parceira em tudo, é presente. Os profissionais são qualificados até para estabelecer relações com a família, a sala de aula é colorida e o tempo de aula é um diferencial para alunos e professores, o aluno construí e interage com o ambiente dia a dia, através de variados meios, como: livros, internet, cantinhos.
O sentimento de igualdade começa na escola, a criança, a família e o professor tem responsabilidade social dentro e fora. O ensino é obrigatório na infância e adolescência.
       
Todos os espaços mostram muito da educação na Holanda. No trânsito os maiores estacionamentos é para as bicicletas, na economia os salários fazem toda diferença, a pirâmide nas classes sociais é um referencial, igualdade de direitos e valores também.

O país é pura cultura, história, respeito às civilizações e a si mesmo, é um sonho real, todos tem moradia, saúde, educação e trabalho, vivendo assim todos se respeitam entre si.
       
O comércio, em alguns aspectos se parece com o nosso, é preciso cautela na hora de comprar, vestuário, calçados e outros, se compra bem quando pesquisa, embora a variação parecesse menor que a nossa.
       
Na saúde não existe filas. O trânsito é um sucesso, trens, bondes, carros, bicicletas, motos, metros, etc., tudo muito acessíveis a todos e tudo. Idade e deficiências não são empecilhos a ninguém, todos tem acesso a tudo.
       
Enfim, o país é um sucesso, imigrantes demonstram satisfação com o país e dizem: saudade sim, vontade de voltar definitivamente não.
       
A receptividade também é referencial, tive a sensação e quebrei de vez a ótica de um povo fechado, brasileiros e não brasileiros nos recepcionaram muito bem.
       
A visita a escola foi um sucesso, um diretor jovem, dinâmico, alegre, perspicaz, nos fez sentir em casa, respondeu a todas as nossas curiosidades sobre a educação.
       
A professora Maria Solange representará a grande saudade que teremos da receptividade naquele país, o jornalista e amigo Sjoerd além de dedicado e competente profissionalmente, foi além do exercício de suas funções.

Sjoerd que esteve conosco no Brasil e nos acompanhou em alguns momentos na sua terra natal, nos recepcionou de maneira fantástica. Além da companhia no Palácio Real de Dam, esteve conosco durante o último dia do roteiro, acompanhado da esposa Esther, na cidade de Amersfoort onde reside.

O jornalista é uma pessoa agradável, compromissado, companheiro e especial, além de nos acompanhar durante todo o dia em sua cidade, agendou com carinho passeio na torre de quase 100 metros, nos ofereceu jantar em sua residência, servindo panquecas com sabores típicos da Holanda e torta de maçã, seguindo a tradição do país.

Sjoerd, que morou e estudou no Brasil por um período curto de sua vida, aprendeu a língua portuguesa e fala muito bem, demonstra carregar na alma grande simpatia pelo Brasil. Sua esposa apesar de não falar nossa língua é uma pessoa agradável e alegre, se socializou bem conosco.

Finalizo com gratidão a todos que contribuíram com a viagem de intercâmbio, com as pessoas que nos possibilitou sentir-se bem naquele país, lembrando com carinho nossa tradutora Elizabeth, o chefe de gabinete Sr Mauricio, que demonstrou preocupação em todos os momentos, fazendo com que todos sentissem bem naquela terra, a Joana que teve um trabalho árduo, se preocupando com tudo e com todos, em todos os momentos, ao Robson que sofria com as pérolas da viagem, a todas as crianças que nos fez rir, enquanto morríamos de saudade de casa e de nossos filhos, a seu Osmar por ter acreditado no nosso trabalho e confiado em nós, a educação que também deu sua contribuição, aos pais dos alunos pela confiança de deixar seus filhos conosco durante esses dias, as pessoas que torceram e colaboraram incondicionalmente para que nosso projeto acontecesse, as escolas, enfim a todos que estiveram por perto e junto em alguns momentos.

Resta-nos a certeza de que não seremos mais os mesmos, continuaremos, com esperança, acreditando que tudo é possível para os que sonham e fazem do sonho uma realidade".  

Impressões - Professora Fabiana Leifeld

Educação Física na Holanda

"A Holanda possui inúmeros canais que estão presentes em todo país, por esta razão o ensino da natação é obrigatório. Os pais possuem a responsabilidade de matricular seus filhos numa escola de natação. O ensino da natação requer três níveis (A, B e C). Um dos níveis é de responsabilidade do governo. Os dois outros ficam por conta da família. Para aquisição do certificado o aluno passa por uma avaliação de sobrevivência utilizando roupas pesadas, simulando uma queda aumentando o grau de dificuldade em cada nível.

Na escola as crianças têm aula de Educação Física a partir dos quatro anos de idade ministrada pela própria professora da sala, desde que esta possua habilitação específica em Educação Física, isto acontece com alunos até os oito anos de idade. A partir dos nove anos os alunos são acompanhados pela professora até um ginásio de esportes, em que um professor os aguarda para a realização das atividades motoras. Todas as escolas realizam as aulas de Educação Física no mesmo local, havendo uma distribuição nos horários para cada escola. A partir do ensino médio há um professor para cada escola".

Impressões


Alunos relatam impressões e as últimas expectativas na Holanda

Larissa Aparecida Alves

"Todos os dias me diverti muito, aprendi várias coisas, senti muitas saudades da mamãe, do papai, irmãzinha e avós. Estou na expectativa de que amanhã logo chegue e matarei todas as saudades, jamais esquecerei tudo de bom que aconteceu, contarei tudo aos meus pais para a família toda. Estou ansiosa pelas novidades do retorno, também vou sentir saudades de muitas coisas da Holanda".


Eduardo Fidel Januário

"Está chegando o dia do retorno, coração já está batendo mais forte, estamos prestes a voar, nossas mães vão adorar e nós também. Foi tudo muito legal, gostei da Holanda e conheci muitas coisas".








Danilo Carneiro Reis

"Está chegando a hora, vamos voar, vamos voltar para o Brasil, estou com muita saudade da minha mamãe".





















Vinicius Gabriel da Silva

"Nunca pensei que a Holanda fosse assim".














Igor Teixeira Izidio


“Eu achei aqui na Holanda bem interessante”.















Maria Fernanda Kicheleski do Prado e Souza

“Eu saí de Carambeí com uma oportunidade que muitas crianças não tiveram e essa possibilidade de conhecer um povo diferente com costumes diversos. Nesses dias que fiquei em Amsterdã jamais esquecerei em minha história de vida. Também percebi que a história da Holanda está ligada com a história do Brasil”.









Intercambistas em Amersfoort através das lentes de Sjoerd Mouissie